domingo, 17 de julho de 2011

Capítulo 9

Entrei na sala, os meus futuros colegas, me olharam de um jeito estranho, eu nem ligei, a diretora disse ao entrar na sala, junto comigo.
- Bom dia, alunos?
Todos levantaram e disseram:
- Bom dia senhora diretora.
A diretora se dirigiu ao encontro da professora, eu não lembro como era o nome dela - era meu primeiro dia na sala - a professora me olhou de cima a baixo, olhei para a sala, todos me encarando, baixei a cabeça. Só prestei atenção, quando a professora dizia.
- Daniel, bem vindo à sua nova sala, vamos meninos, dizem vindo a seu novo colega
Todos disseram sem vontade nenhuma, apenas uma garota que sentava no fundo da sala, a minha esquerda, disse com vontade, eu senti dentro do meu coração.
- Agora, pode ir sentar Daniel.
Olhei para uma cadeira vazia la no fundo, a cadeira vazia estava perto da cadeira da garota, eu nem sabia o nome da garota, mas, eu ia descobrir.
Chegei perto dela, pegei a parte superior da cadeira - parecia mais um cubo de gelo, do que uma cadeira -, e disse:
- Posso sentar aqui. - Pedir com gentileza.
- Claro que sim - ela sorria.
- Obrigado.
Coloquei a mochila na cadeira, ela não parava de me olhar, eu fiquei nervoso por vê-la me olhando daquele jeito - um jeito diferente, parecia que ela nunca me viu na vida, por fim, nao vi mesmo. A professora começou a dá a aula, era uma aula de matemática.


Minha mãe estava em casa; sozinha. Sentada na poltrona, pensava como ela tinha que fazer para me educar mais. Eu estava muito mal-educado.
Em sua mão direita, um copo com cubos de gelo girando: ela estava bebendo. Eu não sabia que minha mãe bebia, eu não sabia disto. Os cubos entravam em atrito um com outro, a bebida tinha que estar gelada, para ela beber a vontade.
Ela se levanta, vai à cozinha, pega um outro drinque, volta para o poltrona. Ela não se lembrava que tinha que ir no Mercado. Estava em falta algumas coisas.


A professora dizia coisas que eu não sabia, mas, eu estava lá para isto: para aprender. No inicio, eu não gostava de ler, quando eu fui para a escola, frequentando-a, eu tive um gosto maior.
A menina, também não prestava a atenção na aula, me olhava estranhamente, um jeito que estava afim de mim. E estava.
Toca um sinal.
Me levantei, no mesmo momento, a professora tinha saído da sala de aula, eu nao entendi por que ela tinha saido da sala de aula, a menina parou de me olhar, levantada, perguntou:
- Oi, desculpa, eu não me apresentar, meu nome é Amanda.
Ela estendia sua mão, pegei-a com vontade.
- Daniel.
- Seu nome é bonito. - Ela sorria para mim.
- O seu também é bonito.
- Obrigada.
O engraçado de tudo isso, ela sabia conversar como uma mulher adulta, apesar de ter apenas 11. Eu tinha 10, não era coincidência.
- Vamos, eu vou te apresentar meu namorado.
Fiquei pasmo ao ouvir isso.
Ela pegou minha mão e levou-me para perto do namorado dela, quando eu chegei perto dele, ele perguntou:
- Quem é esse Amanda? - apontou a mão no meu rumo.
- Amor, conheça Daniel, ele é novo aqui na escola, Daniel, conheça meu namorado.
- E ai, tudo bem? - estendeu a mão para cumprimenta-se comigo.
- Tudo ótimo. - me senti confortável nessa resposta.
Eu apertei a mão dele, ele me olhava estranho.
- Tranquilo, então. - disse para os amigos dele, e riu.
- Daniel, vem comigo, para você conhecer minhas amigas.
Ela pegava minha mão, e me levava em rumo de umas mesas diante de nós, o namorado dela, ficou olhando - com uma expressão estranha nos olhos, apesar de ser um "bebê de colo".
Umas das amigas dela, da mariana, era uma garota morena que estava sentada de frente para as outras amigas. Eu gostei dela logo de cara
Eu e mariana aproximamos das amigas de Mariana.
- E ai amigas, esse é Daniel, Daniel, essas são minhas amigas.
Aquela que avistei por primeiro, disse
- Oi Daniel, tudo bem com você?
- Tudo, e com você?
- Tudo ótimo, senta ai.
Eu sentei perto dela, e mariana ficou do outro lado da mesa.
Nós ficamos conversando - jogando conversa fora -, aquela garota morena me olhava de um jeito que eu nao entendia.
Depois, voltando para sala, entrei na sala junto com Mariana, ela primeiro, depois eu. A professora já estava na sala.
- Professora, com liçenca. - Mariana pedindo para a professora.
- Por hoje passa Amanda, mas, depois, você e seu amiginho vão ficar depois da aula. - a professora disse secamente.
Tive coragem para dizer uma coisa, Mariana já estava sentada na sua cadeira.
- Ela não tem culpa, professora, fui eu.
Ela me reconhecendo.
- Você é aquele garoto novo? - ela parecia que ia gritar comigo.
- Sim, senhora.
- Logo no primeiro dia, chega atrasado a aula, só por hoje, garotão.
- Obrigado, professora.
- Agora, vai sentar.
- Sim, senhora.
Andei até minha cadeira, Mariana olhava-me de um jeito carinhoso.
- Obrigada Daniel, você foi muito legal.
- De nada.
- Calados, hoje vamos estudar matemática...


Quando o sinal da escola tocou, para irmos embora. Eu sabia que era para ir embora, me lembrava de coisas que meus pais me diziam, antes de eu vim estudar. Eu arrumava minhas coisas na minha mochila, de repende, Mariana chegou de perto e disse:
- Vamos Daniel? - ela dizia aquilo tão doce, que quase disse para ir sozinha.
- Vamos, espera um pouquinho só.
- Tá bem. - ela sorria.
Eu arrumava minha mochila, de repente, o namorado dela, aparece na porta, no momento que eu estava acabando de arrumando a mochila.
- Vamos amor. - ele dizia pra ela.
- Vai na frente, eu te encontro no caminho.
- Por que você não quer vim comigo?
- Só estou um pouco ocupada. - ela não queria ir com ele, eu sentia isso.
- Tá bem, ver se não demora.
Ele sai da sala, ela vira-se para mim, e disse:
- Que garoto mais chato, não suporto ele. - ela estava irritada.
Não respondi, pra nao piorar a situação.
- Vamos, estou atrasada para ver minha mãe.
- Então, vamos.
Passamos pela porta da escola, ela e eu conversamos diversos assusto até chegar nas nossas mães. Não sei de onde tirei aquelas conversas.
- Olha ali, minha mãe. - ela dizia isso em um tom tão doce e alegre, que me desmanchei por dentro.
- E aquela ao lado dela, é minha mãe. - eu disse apontando no rumo dela.
- Então, vamos.
De novo acontecia aquilo - eu gostava quando ela fazia isso. Ela pegava minha, mas, dessa vez, era diferente, a pegada era mais macia ao tocar na minha pele.
- Olha os garotos, chegando ai. - a mãe dela dizia isso olhando para nós, chegando mais perto delas.
Aproximamos das nossas mães, e ela ainda segurava minha mão.
- Que lindo casal. - disse minha mãe.
- Concordo com você, seu filho é muito lindo.
- Obrigada, sua filha também é linda.
- Obrigada.
- Oi, mãe. - ela dizia primeiro.
- Oi filha, você não vai cumprimentar a mulher aqui presente?
- Desculpe, mãe. - vira-se para minha mãe, e disse: Oi, Dona Mariana.
- Oi garotinha. - minha mãe colocava a mão em cima da cabeça de Amanda.
- Oi, Dona Renata, tudo bem com a senhora? - eu perguntava a mãe de Amanda.
- Oi, garotão, como você sabe meu nome? - A pergunta que minha mãe não fizera.
- Eu perguntei para Amanda, só por precaução.
- Garoto esperto.
Ela sorria para mim.
Minha mãe quebrou aquela conversinha de quinta categoria.
- Então, foi um enorme prazer em conhece-la Renata, mas, agora tenho que ir.
- Esta bem, eu também já estava de saida mesmo.
- Vamos Daniel, diz um tchau pra sua amiguinha.
- Tchau Amanda, até amanhã.
Ela balançava sua mão esquerda, sorrindo, disse:
- Tchau Daniel, ate amanhã.
Eu andei com minha mãe até o nosso carro, ela abria a porta para mim. E depois entrava no carro, e tirava do estacionamento, e fomos para casa. Felizes.

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