domingo, 17 de julho de 2011

Capítulo 6

Entrei na sala da diretora, junto com minha mãe, meu pai não estava la, pois tinha saido para trabalhar. Sentei num banco que era virado para uma janela que la tinha. Olhei para diretora, uma senhora de uns 58 anos - não sei ao certo quantos anos ela tinha -, mas, tinha uma cara dessa idade. Também olhei para a parede atrás da diretora, havia um relogio antigo, os ponteiros eram grandes - começava fino, esgrossava no meio e na ponta retornava a ser fino -, os numeros eram em algarismos romanos(I, II, III, IV...).
Minha mãe conversava com a diretora, eu não prestava atenção, o que minha mãe e nem o que a diretora diziam; era fofoca, pensa eu.
Olhei para o teto, uma pintura nao agradável, pois quando eu olhei, meus olhos arderam, passei minha mãe esquerda nos meus olhos, esprimindo-os. Parei de olhar o teto. Voltei a olhar a diretora.
A diretora usava uma blusa azul, em um decote, as partes superiores dos seus seios apareciam visivilmente. Um casaco por cima da blusa, o capuz era de uma especie de pele de algum podre animal, as pontas do capuz era macio, eu pudia sentir a camada da lã.
Minha mãe me chama, estalando os dedos.
-Filho?!
-Diga mãe. - eu saía do planeta onde estava, e voltara para a terra.
-A diretora vai te mostrar a sua sala, onde você vai estudar.
-Esta bem mãe. - Dei um sorrisinho para minha mãe.
Minha mãe vira o rosto para falar com a diretora.
-Então, esta tudo certo?
-Sim, senhora. - Disse a diretora
Vira-se para mim de novo.
-Nada de mal-criação Daniel, esta ouvindo?
-Estou mãe, eu prometo que não vou fazer nada aqui na escola.
-Acho bom.
Minha mãe me abraçava, eu retribui o abraço, depois ela sai da sala e a diretora fala:
-Vamos Daniel, vou te mostrar a sua sala.
Não respondei.
Segui ela, saíamo da sala, a diretora pega minha mão esquerda, eu dei minha mão sem vontade, eu mal conhecia-a, tinha visto ela naquele dia, não queria dar confiança a ela.
O corredor cumprido estava cheio de crianças correndo, e brincando com os outros. Eu avistei aquela gorota, no patio, antes de entrar na escola. Ela era linda, como a brisa do mar. Ela estava vestida de blusa branca e casaco - fazia muito frio -, uma calça jeans e tênis. O tênis parecia um de exercícios - correr ou treinar no paque.
Ela estava acompanhada, com um garoto. Eu não tinha notado, mas ele era namorado dela. Estavam sentado num banco, ele tinha o braço na cintura dela.
Eu e a diretora estavamos chegando perto da minha nova sala. O numero da sala era 17, eu me lembro muito bem, esse numero me marcou muito...


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